Covid 19
Transmissão comunitária: como Brasil e mundo respondem ao coronavírus
Um retrato atualizado continuamente sobre como governos respondem à pandemia que já deixa mais de 270.000 infectados
Mapa de ações sobre coronavírus: governos vêm se movimentando para conter a pandemia (Arte/Infogram/EXAME)
Desde que os primeiros casos começaram a ser reportados na China em dezembro, o coronavírus já infectou mais de 270.000 pessoas. Nas últimas três semanas, o número de novos casos fora do território chinês vêm aumentando mais do que os casos no país onde o vírus começou — na China, o pior já parece ter passado e o número de casos segue estabilizado em pouco mais de 81.000 pessoas. O número de mortes na Itália já ultrapassou o registrado no país que foi o epicentro do surto.
No mapa abaixo, a EXAME compilou o número de casos e medidas de prevenção tomadas por alguns dos países mais afetados pelo novo coronavírus.
São Paulo – A taxa de mortalidade do novo coronavírus (Covid-19) é de 3,74% neste sábado (14). No mundo, foram infectadas cerca de 150.000 pessoas, entre as quais 5.614 morreram.
Com isso, a mortalidade da doença é menor do que a da Sars (8%), síndrome respiratória aguda grave que se alastrou entre os anos 2002 e 2004. No entanto, ela já é parecida com a da dengue (3,8%) e quase 2.800 vezes maior do que a da gripe comum (0,13%) ou 1.770 vezes maior do que a da gripe H1N1 (0,2%). Já a Mers, do mesmo grupo de doenças do Covid-19, conhecida como síndrome respiratória do Médio Oriente, teve taxa de mortalidade de 34%.
O número de casos registrados no Brasil é de cerca de 100 pessoas infectadas pelo Covid-19. Nenhuma morreu em decorrência da doença.
Globalmente, o número de pessoas que se recuperaram totalmente da doença já supera 70.000.
O grupo de risco de contágio do novo coronavírus inclui idosos, diabéticos e cardíacos. Para idosos, a taxa de letalidade da doença sobe para 15%, enquanto em jovens é menor do que a média, em 0,5%.
Pesquisas preliminares sobre o vírus descobriram que ele pode permanecer em ambientes por até três dias e que os sintomas aparecem, em média, dentro de cinco dias após o contágio.
A economia global corre risco de recessão, uma vez que as atividades estão paralisadas diante da ameaça de saúde pública imposta pelo Covid-19. Apesar de não ser tão letal quanto a Sars, a doença já derrubou bolsas de valores do mundo todo, causou cancelamento de eventos de todo tipo e resultou numa disparada de procura e preços do álcool em gel, uma vez que lavar constantemente as mãos é uma das orientações para evitar a infecção.
A doença passou a ser considerada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde, uma vez que ela já se propagou para diversos continentes.
Transmissão comunitária: como Brasil e mundo respondem ao coronavírus
Até esta sexta-feira (19), o Brasil tem 904 casos confirmados da covid-19 e 11 mortes, nove no estado de São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Dos casos confirmados, a maioria está no estado de São Paulo. Quase todos os estados já registram infectados pela covid-19 e o Ministério da Saúde já afirmou que há a transmissão comunitária em todo o país.
Os números são parte da contagem oficial e podem ser inferiores à quantidade real de casos. Hospitais privados e de referência vêm reportando diariamente novos pacientes infectados, que demoram pelo menos um dia para serem completamente confirmados e integrarem a contagem geral do Ministério da Saúde.
Com o aumento dos casos em outros estados do país, alguns governadores e prefeitos também vêm instaurando medidas de contenção, como cancelamento de eventos públicos e paralisação de aulas nas escolas. Veja no mapa abaixo os casos por estado brasileiro, segundo a contagem do Ministério da Saúde, e medidas contra o coronavírus tomadas por algumas regiões.
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Donald Trump: "Os médicos vão distribuir o medicamento, os Estados também, vai ser excelente" (Leah Millis/Reuters)
Em pronunciamento nesta quinta-feira, 19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse que as drogas hidroxicloroquina e remdesivir podem ter bons resultados contra o coronavírus, com base em um estudo feito na China e outro na França, e pediu velocidade de testes e possível aprovação pela FDA (Food and Drugs Administration), espécie de Anvisa do país. O discurso de Trump, inicialmente, deu a entender que os EUA tinham descoberto uma cura para o novo coronavírus, o que não aconteceu.
Na mesma conferência, um dos membros da FDA, Stephen Hahn, disse que o uso da droga ainda está em testes para avaliar como ela funciona e em que dose deve ser utilizada contra o coronavírus.
Em um estudo publicado por cientistas chineses em 18 de março na revista científica Nature, as drogas hidroxicloroquina e remdesivir se mostraram capazes de inibir a infecção do SARS-CoV-2 (nome do novo coronavírus) em simulação in vitro.
Gregory Rigano, orientador de pesquisa na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e coautor de um estudo sobre o uso de hidroxicloroquina em humanos para combater o coronavírus. Em um experimento feito com dois grupos, um que recebeu o medicamento e outro que não o recebeu, o resultado da droga no combate ao novo coronavírus foi eficaz. O antibiótico azitromicina foi usado em conjunto com a cloroquina, como no estudo feito na França.
O estudo ainda está para ser publicado, mas Rigano já concedeu uma entrevista a uma rádio americana falando sobre o tema. “Esse será o estudo mais importante a ser lançado sobre o tema. Ponto”, disse Rigano. O bilionário Elon Musk também publicou uma mensagem no seu perfil no Twitter nesta semana afirmando que a droga poderia ser eficaz contra o novo coronavírus. A FDA realiza testes com a cloroquina para combater a Covid-19.
Apesar de promissora, a droga ainda precisa de mais testes clínicos antes de ser distribuída amplamente para a população de forma segura. Por isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pediu que a Federal Drug Administration, análoga à Anvisa brasileira, seja ágil com o processo de testes e aprovação do medicamento.
Por conta da falta de aprovações clínicas do uso da hidroxicloroquina, a automedicação não é recomendada por médicos e pesquisadores.
Outro medicamento que tem se mostrado promissor contra o novo coronavírus é o remdesivir. Porém, por ser um medicamento experimental, não se espera que ele esteja amplamente disponível para o tratamento de um grande número de pessoas tão cedo quanto a hidroxicloroquina. A farmacêutica americana Gilead detém a patente do remdesivir.
Os medicamentos anti-virais lopinavir e favipiravir chegaram a ser considerados como drogas em potencial para tratar a Covid-19, mas um estudo divulgado na noite de ontem mostrou que elas são ineficazes. Com isso, os esforços dos cientistas de todo o mundo agora se voltam à hidroxicloroquina.
Gregory Rigano, orientador de pesquisa na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e coautor de um estudo sobre o uso de hidroxicloroquina em humanos para combater o coronavírus. Em um experimento feito com dois grupos, um que recebeu o medicamento e outro que não o recebeu, o resultado da droga no combate ao novo coronavírus foi eficaz. O antibiótico azitromicina foi usado em conjunto com a cloroquina, como no estudo feito na França.
O estudo ainda está para ser publicado, mas Rigano já concedeu uma entrevista a uma rádio americana falando sobre o tema. “Esse será o estudo mais importante a ser lançado sobre o tema. Ponto”, disse Rigano. O bilionário Elon Musk também publicou uma mensagem no seu perfil no Twitter nesta semana afirmando que a droga poderia ser eficaz contra o novo coronavírus. A FDA realiza testes com a cloroquina para combater a Covid-19.
Apesar de promissora, a droga ainda precisa de mais testes clínicos antes de ser distribuída amplamente para a população de forma segura. Por isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pediu que a Federal Drug Administration, análoga à Anvisa brasileira, seja ágil com o processo de testes e aprovação do medicamento.
Por conta da falta de aprovações clínicas do uso da hidroxicloroquina, a automedicação não é recomendada por médicos e pesquisadores.
Outro medicamento que tem se mostrado promissor contra o novo coronavírus é o remdesivir. Porém, por ser um medicamento experimental, não se espera que ele esteja amplamente disponível para o tratamento de um grande número de pessoas tão cedo quanto a hidroxicloroquina. A farmacêutica americana Gilead detém a patente do remdesivir.
Os medicamentos anti-virais lopinavir e favipiravir chegaram a ser considerados como drogas em potencial para tratar a Covid-19, mas um estudo divulgado na noite de ontem mostrou que elas são ineficazes. Com isso, os esforços dos cientistas de todo o mundo agora se voltam à hidroxicloroquina.
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