Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, Ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (João 16. 23-24).
Foto: Culto Pra Lá Das Dez
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“Até agora nada tendes pedido em meu nome”. Esta afirmação foi feita por Jesus aos Seus discípulos em meio ao anúncio de tempos de adversidade e perseguição. Durante esses tempos difíceis, Jesus orientou que eles deveriam pedir (leia também: Lucas 11.9). Mas a quem pedir? Em nome de quem pedir? Com qual objetivo pedir? Jesus traz um claro ensino para produzir alegria no coração do Seu povo.
Pedido ao Pai
Em primeiro lugar, o pedido deve ser feito ao Pai (“se pedirdes alguma coisa ao Pai”). A oração de Jesus sempre foi feita ao Pai. Quando ensinou a conhecida oração do Pai Nosso (Mateus 6.9), começou orientando: “”Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto” (Mateus 6.6). Ao Pai Ele agradeceu (Mateus 11.25), intercedeu (João 17.11) e abriu Seu coração no momento mais difícil de Sua vida (Mateus 26.39). Dirigir-se ao Pai exige muita confiança, razoável intimidade, total dependência e completa humildade. Assim deve ser toda oração que fazemos.

Em nome do Filho
Também recomendou que o pedido deve ser feito em nome do Filho (“Ele vo-la concederá em meu nome”). Acrescentar as palavras “em nome de Jesus” ao final das orações não pode ser visto como uma fórmula mágica. Orar em nome de Jesus é orar segundo a Sua vontade: “E esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos” (1 João 5.14-15). É orar com Sua autoridade: “Em meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18). É também orar com propósito: “Vos nomeei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda” (João 15.16). É orar para glorificar ao Pai: “E tudo quanto pedirdes em meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14.13).
Com o discernimento do Espírito Santo
Por último, o pedido deve ser feito no discernimento do Espírito Santo (“pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa”) O pedido tem que ser aquele que produz alegria plena, completa e verdadeira. Com muita lucidez, William Shakespeare disse: “Aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos”. A verdade é que nem tudo o que pedimos nos trará alegria. Por essa razão, precisamos de muito discernimento sobre como pedir. Percebendo isso, Tiago foi direto ao afirmar: “Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4.2-3). Por sua vez, Paulo declarou que não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis (Romanos 8.26). É o Espírito Santo quem guia nossa oração para que seja cheia de discernimento. Precisamos, pois, depender dEle inteiramente para nos ensinar a pedir (Medite: Mateus 26.39; 2 Coríntios 12.8).
A Trindade está envolvida na oração. Pedindo ao Pai, em nome do Filho, na direção do Espírito nos levará a orações respondidas. E orações respondidas trazem alegria completa e contagiante!













::Rodolfo Garcia Montosa.