Uma incrível descoberta feita por cientistas poderia dar um grande passo para o tratamento de uma das formas mais agressivas do câncer de mama. Eles identificaram a molécula que faz com que as células cancerosas cresçam e se espalhem muito rapidamente, dificultando o tratamento.
Com essa nova descoberta, os cientistas estão confiantes de que podem interromper a propagação do câncer a partir de medicamentos já existentes. Desta forma, ela oferece novas esperanças para mulheres diagnosticadas com câncer de mama do tipo HER2-positivo, que se espalha mais rapidamente do que os outros tipos.
Essa condição afeta 10 mil mulheres por ano – um quinto de todos os outros casos – e destes, cerca de 7 mil não respondem bem ao tratamento padrão atual, que é um medicamento chamado Herceptin.
Pesquisadores do Bart’s Cancer Institute, na Queen Mary University of London, foram quem conduziram o estudo. Eles esperam que, no futuro, já seja possível identificar essas moléculas nas biópsias feitas desses tumores. Caso sejam encontrados, seria oferecida a droga certa a essas mulheres, juntamente ao Herceptin. Os primeiros estudos em ratos demonstraram que a combinação destes dois tratamentos erradica os tumores.
Cerca de 50 mil mulheres desenvolvem câncer de mama por ano e isso causa pouco menos de 12 mil mortes. Porém, embora as taxas de morte tenham diminuído nas últimas décadas, não é em todo lugar que se encontra um bom tratamento para o câncer de mama, principalmente para os tipos mais agressivos.
A executiva-chefe de um centro de apoio e pesquisa contra o câncer, a baronesa Delyth, disse: “É preciso desesperadamente de drogas que sejam eficazes para dar às mulheres com câncer de mama HER2-positivo as melhores chances possíveis de sobrevivência”.
A pesquisa, publicada no Journal of the National Cancer Institute, analisou amostras tumorais fornecidas por 2.000 mulheres com câncer de mama. Em cerca de 40% dos tumores, foi encontrada essa molécula, conhecida como avp6. Em novos experimentos com ratos, os cientistas usaram outro tratamento chamado 264RAD para atingir esta molécula e erradicá-la totalmente dos tumores.
Eles vão agora realizar testes em mulheres para saber o quão bem este tratamento trabalha em conjunto com Herceptin. Se for bem sucedido, espera-se que eles estejam disponíveis dentro dos hospitais nos próximos dez anos.
Dr. John Marshall, líder do estudo, disse: “Altos níveis de avp6 poderiam ser colocados em biópsias de rotina para identificar quais mulheres estão em alto risco de metástase, garantindo que elas receberão um tratamento personalizado, melhorando suas chances de sobrevivência”.
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