segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

MELHOR(ES) SÉRIE(S) DO ANO.



MELHOR(ES) SÉRIE(S) DO ANO:




“Hannibal” – um belo roteiro, a direção mais caprichada ever, jantares incríveis (ok, com carne humana, mas e daí), suspense, tensão, personagens excelentes e a melhor encarnação que o serial killer que come suas vítimas já teve. Que série, amigos, que série. Esta segunda temporada superou qualquer coisa que eu tenha visto em 2014, essa é a verdade. Contando os minutos para a terceira temporada



“True Detective” – essa aqui chega empatando no primeiro lugar, mas empate aqui neste blog é proibido, ai que sofrido. É a melhor série nova do ano, é a melhor minissérie do ano, deste e de vários, pode escolher o título. Matthew McConaughey e Woody Harrelson em atuações espetaculares (o primeiro merecia um Oscar pela série, acredite), uma história impressionante, um final belíssimo (que só não curtiu quem ficou querendo criar teorias mil) e de escrever isso estou quase trocando de lugar e botando esta em primeiro. Ai que dúvida. Ai que ano lindo que foi 2014, hein. Ao menos no nosso querido mundo das séries.

SÉRIE MAIS VICIANTE DO ANO:




“How to get away with murder” – tem gente bonita em excesso, você começa detestando 97% dos personagens e achando tudo meio ridículo, mas o primeiro episódio termina e você fica completamente maluco pelo segundo, e assim sucessivamente até o último do ano, e estou aqui todo dia perguntando “mãe, falta muito para htgawm voltar?”, “e agora, falta muito?”. Fora que tem Viola Davis numa atuação que já vem com um Emmy embutido, né. É por isso que eu amo a Shonda Rhimes.

MELHOR COMÉDIA NOVA DO ANO:



“Silicon Valley” - A série de nerds do vale do Silício começa boa e vai ficando melhor a cada episódio, até chegar no episódio que fechou a temporada e me fez perder o ar de tanto dar risada, a ponto de ter que pausar para conseguir assistir sem perder nada. E era uma piada envolvendo masturbação e equações matemáticas. Você deveria assistir.

MELHOR COMÉDIA ROMÂNTICA QUE NEM É TÃO ROMÂNTICA:



“You’re the worst” – ótima, divertida, conseguiu passar longe dos clichês das comédias românticas, deu um banho nas outras que estrearam (ok, não foi difícil, eram muito ruins) e ainda ficou melhor da metade pro final. Duas pessoas péssimas que começam a descobrir que se amam, mas nem é tanto assim, ai. Daquelas séries que deixa a gente mais feliz por ter descoberto.

MELHOR PERSONAGEM DO ANO:



Olive Kitteridge - a personagem (vivida por Frances McDormand com nada menos que perfeição) dá nome a uma minissérie da HBO que foi, sem dúvida, a coisa mais bela que eu vi em 2014. Uma mulher ranzinza, mal-humorada, que fala o que pensa sem nenhum filtro é o fio condutor de uma série delicada, sobre a depressão, a passagem do tempo, as relações familiares.

AS SEGUNDAS TEMPORADAS QUE FORAM MELHORES QUE A PRIMEIRA (OU QUASE):

- "House of Cards", sem os momentos embromation da primeira temporada, com todos os seus exageros que amamos (tipo o presidente dos EUA mais bundão ever) e uma linda atuação de Kevin Spacey

- "Masters of Sex", para mostrar que nem só de sexo se faz uma série belíssima sobre os pesquisadores que mudaram o jeito como os americanos e o mundo viam o sexo

- "The Americans", a série se encontrou de vez no segundo ano, o casal de protagonistas está melhor que nunca, com conspirações incríveis e as melhores perucas da história da TV

- "Orange is the new black", que acertou ao tirar o foco da protagonista (que era necessária no primeiro ano, mas não no segundo) e o colocou nas outras personagens, tão mais interessantes.

MELHOR PREMISSA PARA UMA SÉRIE (SUPOSTAMENTE) ROMÂNTICA:





"The Affair”, que conta a história de um caso extraconjugal e seus desdobramentos aparentemente trágicos sob dois pontos de vista diferentes, contraditórios e apaixonados: o dele e e o dela. Imperdível.

MELHOR CENA NO BANHEIRO (TROFÉU HANK)



Selina Meyer e Gary logo depois de ela ter recebido *A* notícia mais importante da temporada (e de ter protagonizado os melhores segundos de um personagem em silêncio da história, talvez). Daria para fazer uns cem itens desta lista só com cenas de “Veep”, a melhor comédia da década, acho.

A MORTE DO ANO:



Sim, é dele o título de morte do ano, do nosso reizinho querido e detestado – eu sei que o outro lá morrendo tendo os olhos espremidos pela mão do adversário na luta foi muito mais chocante, mas esperávamos uma morte cruel para o rei Joffrey fazia bastante tempo. E o casamento, o teatrinho de anões, a humilhação do tio, tudo o que precedeu o envenenamento e os olhos esbugalhados do reizinho formam o conjunto de coisas que nos faz perdoar aqueles episódios chatildos de “Game of Thornes” em que os personagens ficam andando pelo mato o tempo todo e a gente nem se lembra de para onde estão indo mesmo. Bela temporada.

A MORTE MAIS INESPERADA DO ANO:

Foi tão, mas tão inesperada, palmas para quem conseguiu guardar esse segredo, que eu meio que fiquei em estado de choque – e aqui estou enrolando de propósito para dar tempo de você fugir do spoiler de “The Good Wife” se ainda não sabe quem morreu este ano – e fiquei um tempão sem querer voltar para a série, porque Will era um dos melhores personagens e tudo ficou muito mais sem graça sem ele. Mas a série continua uma das boas coisas da televisão, na sexta temporada e muito em forma.

A FRASE DO ANO:

"Why is your penis on a dead girl's phone?"(“por que seu pênis está no celular de uma garota morta?”), dita pela personagem de Viola Davis numa cena matadora da série mais viciante do ano

MELHOR SÉRIE EXCELENTE MAS UM POUCO PRETENSIOSA

"Fargo”. É muito boa, mas se acha boa demais, sabe? Oh somos incríveis e descolados e irmãos Coen e a história meio que não avança e se perde um pouquinho em exageros. Tirando isso é ótima e você deveria assistir.

O CASAMENTO DO ANO:



O casamento de Watson, com o discurso de padrinho Sherlock - com flashbacks hilários - e de quebra a investigação de um crime como só “Sherlock” sabe fazer.

PIOR SÉRIE SUPERBADALADA DO ANO (ou turminha do JJ ataca novamente)

“The Leftovers” – parece muito boa, mas aí em determinado momento você se dá conta de que é bem ruim e não vale o seu tempo.

MAIOR DESPERDÍCIO DE NOMES E TALENTOS NUMA SÉRIE QUE É SÓ OK



“The Knick” – é dirigida por Soderbergh, tem Clive Owen como protagonista. E, no entanto, não é nem de longe uma das melhores coisas do ano, como as credenciais poderiam sugerir. A série sobre um hospital de Nova York no começo do século 20 precisa de algo muito básico: bons roteiros. Faltam bons diálogos, falta sutileza, a série em vários momentos parece um filminho didático sobre como eram as condições da medicina nos anos 1900 e como eram as tensões raciais e a difícil vida dos pobres, quando isso deveria aparecer como pano de fundo de uma boa história. Não é o caso de largar, nem nada, mas ai que desperdício, brasil.

TROFÉU EU AMAVA MAS NÃO AGUENTEI E LARGUEI, QUE TRISTE

“Scandal” – quem aguenta tanta conspiração? Olivia Pope virou uma mala, a B613 uma coisa ridícula e eu abandonei uma das minhas queridinhas. A vida nem sempre é simples, amigo leitor.

TROFÉU EU ESTAVA CERTA EM LARGAR

“Grey’s Anatomy” – assisti a um episódio aleatório da série que tanto amei um dia e que larguei no ano passado por falta de condições de seguir adiante e, afe, que coisa mais chata. Não vai acabar nunca? Cadê a dignidade, Shonda?

A VOLTA DE UMA SÉRIE CANCELADA MAIS DESNECESSÁRIA DO ANO (DA VIDA, TALVEZ):



Mesmo melhor que 90% das comédias que estão no ar hoje, a quarta temporada de “Arrested Development” veio dar uma estragadinha no que antes disso era a série de comédia mais perfeita de todos os tempos. Episódios arrastados, cenas e cenas sem graça . Ah, gente. Não.

A VOLTA DE UMA SÉRIE CANCELADA QUE MAIS VALEU A PENA NA HISTÓRIA:

Cancelaram “The Killing” pela segunda vez e aí santo netflix ressuscitou a série, fez uma bela temporada e um final para nenhum fã de Holder e Linden botar defeito.

A VOLTA DE UM PERSONAGEM QUE PODE FICAR VOLTANDO TODO ANO QUE AMAREMOS:



Jack Bauer, que apenas usou uma espada no final da décima temporada. E depois nos deixou aflitos para sempre sem saber o que aconteceu com ele.

O MELHOR FILME BASEADO EM SÉRIE DO ANO:

“Veronica Mars – o filme”, uma delícia para os fãs da minha série favorita da vida.





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