sábado, 31 de maio de 2014

NASA está se preparando para se comunicar com alienígenas.


NASA está se preparando para se comunicar com alienígenas


Por: Jesus Diaz






“Podemos dizer pouco, se é que podemos dizer algo, sobre o que esses padrões [na imagem acima] representam, se eles foram cortados no formato de pedras, ou quem os criou. Para todos os efeitos, eles podem muito bem ter sido criados por alienígenas.” Quando um livro da NASA sobre comunicação alienígena conta com um parágrafo desses, é bom prestar atenção.
Claro, os cientistas e acadêmicos que contribuíram para Archaeology, Anthropology and Interstellar Communications - um novo livro de 300 páginas (PDF 1.8MB) editado por Douglas A. Vakoch – não estão dizendo que aquelas esculturas foram feitas por aliens. Eles estão dizendo que, como não sabemos exatamente a origem e significado delas – que foram feitas milhares de anos atrás ao redor da Europa, América e Índia – podemos considerar que podem ter sido feitas por alienígenas como um teste, para quando enfim fizermos contato com uma civilização de outro planeta.
É uma obra séria, profunda e complexa, mas consideravelmente acessível. Li muito dela e estou realmente fascinado. E não digo apenas sobre a joia do começo do post:
Considere novamente, portanto, a conveniência de estabelecer uma conexão simbólica/linguística com IET [Inteligência Extra-Terrestre]. É útil tirar alguns paralelos da existência humana que nos representam um problema hoje em dia. Um deles é a “arte rupestre”, que consiste em padrões ou formas gravadas em rochas há milhares de anos. Essas esculturas de pedra antigas podem ser encontradas em muitos países. [...]
Podemos dizer pouco, se é que podemos dizer algo, sobre o que esses padrões representam, se eles foram cortados no formato de pedras, ou quem os criou. Para todos os efeitos, eles podem muito bem ter sido criados por alienígenas.



Uma réplica de uma pedra marcada incomum de Dalgarven, North Ayrshire, Escócia
A visão ampla
Essa é apenas uma pequena parte de uma corrente lógica muito maior, que leva em consideração nosso conhecimento na Terra histórica e pré-histórica, bem como nossa compreensão de biologia, evolução e física. Após diversas suposições sobre as possíveis diferenças físicas e biofísicas no Capítulo 15 – chamado Restrições em Construção de Mensagem para Comunicação com Inteligência Extraterrestre – Vakoch fala um pouco sobre suas possíveis consequências (ênfase nossa):
Consequências – I
Se o leitor aceitar essas suposições, então nossa primeira restrição nas possíveis mensagens é simples: não pense em “mundos sonoros” ou música ou fala como os domínios, veículos ou conteúdo das mensagens IET. Independentemente de preocupações semióticas (ver abaixo), a acessibilidade de mensagens por som deve permanecer em dúvida. Além disso, haverá aspectos intencionais e não intencionais de desempenho, que elaborarão as dificuldades do uso do som. Na minha visão, evitar o mundo sonoro não deve ser controverso.
Por outro lado, a visão e o uso de imagens deve ser ao menos plausível. Detalhes espectrais não podem ser considerados universais, mas os arranjos físicos dos objetos na superfície de um planeta habitável são formados em parte pela gravidade (a noção de um horizonte deve ser universal), e assim imagens multiespectrais devem plausivelmente ser consideradas valiosas para mensagens. Em geral, as implicações por considerar SETI/CETI como algum tipo de desafio antropológico deve ser desconsiderado.
Faz muito sentido para mim.
Não vou citar mais partes do livro por me parecerem sem sentido, mas até agora – ainda estou lendo – é uma ótima leitura.
É confortante saber que a NASA pensa em comunicação humanos-alienígenas a partir de um novo foco, que não é puramente baseado nas ciências físicas de pesquisas planetárias ou exobiologia. No caso, ela se baseia na nossa experiência atual ao tentar decifrar nosso próprio passado antropológico e arqueológico. Esse, segundo Vakoch, é o objetivo desta obra (ênfase nossa):
Os capítulos desse livro combinam críticas incisivas com a esperança de que exista uma reposta para o ceticismo por trás dessas críticas. Abordando um campo que foi dominado por astrônomos, físicos, engenheiros e cientistas da computação, os colaboradores desta coletânea levantam questões que podem ter passado despercebidas por cientistas físicos sobre a facilidade de estabelecer uma comunicação significativa com uma inteligência extraterrestre.
Esses estudiosos estão lutando contra alguns dos maiores desafios que a humanidade terá de enfrentar se detectar um sinal rico em informações proveniente de outro mundo. Ao elaborar questões nonúcleo da arqueologia contemporânea e da antropologia, podemos nos preparar muito melhor para o contato com uma civilização extraterrestre, se isso um dia chegar.

A NASA publicou a versão online do livro ontem. Você pode baixá-lo em versão para Kindle,ePub universal ou PDF. Ele também estará disponível em capa dura e brochura nos próximos meses.







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