domingo, 4 de agosto de 2013

A presença de Deus, a maior necessidade da igreja...

A presença de Deus, a maior necessidade da igreja...

A presença de Deus, a maior necessidade da igreja...



Referência: Êxodo 33.1-23




INTRODUÇÃO
1. A maior necessidade da igreja não é das bênçãos de Deus, é de Deus. O Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. A igreja contemporânea mudou a sua ênfase. A pregação moderna diz que o fim principal do homem é glorificar a Deus, mas o fim principal de Deus é glorificar o homem. O evangelho moderno ensina que é Deus quem está a serviço do homem e não o homem a serviço de Deus. O foco mudou. Não é mais Deus que é a medida e o fim de todas as coisas, mas o homem que é a medida de todas as coisas. 
2. Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação e não o salvador. Querem os dons e não o doador. Querem coisas e não Deus.
3. No passado, a presença de Deus era a coisa mais importante que o povo de Deus buscava. Deus apareceu para Moisés no deserto numa sarça. A glória de Deus se manifestou e Moisés caiu com o rosto em terra. A presença de Deus revelou-se poderosa no Egito e quebrou o poder dos deuses e o orgulho de Faraó. 
4. O povo foi liberto pelo sangue do Cordeiro e protegido pela presença de Deus na coluna de fogo e na coluna de nuvem. A nuvem era o símbolo da presença de Deus. A presença de Deus dava direção de dia e proteção à noite.
5. Mas, houve um dia em que a presença de Deus foi embora do arraial de Israel. O povo pecou e o pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. A maior tragédia do pecado é que ele afasta de nós a presença de Deus. 1) Deus disse para Josué que não seria mais com o povo enquanto houvesse pecado no arraial de Israel; 2) Quando os filhos de Eli pecaram contra Deus, a arca, símbolo da presença de Deus foi roubada e a glória de Israel, a presença de Deus, se apartou do povo; 3) No tempo de Ezequiel a glória de Deus se afastou da cidade, do templo, do monte e o povo foi levado ao cativeiro.
I. A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DE DEUS NA IGREJA
• A igreja necessita desesperadamente da presença de Deus. Nossas vidas serão vazias, nossos cultos sem vida, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas se Deus não estiver presente. Muitas vezes, confundidos a onipresença de Deus com a presença manifesta de Deus. Deus está em toda parte, mas Deus não está em toda parte com a sua presença manifesta. Quando Deus está entre o seu povo isso é notório, como quando Jacó acordou em Betel.
• Muitas vezes nós falamos para as pessoas que Deus está entre nós. Elas vêm e não vêm Deus. Elas então chegam à conclusão que fazemos propaganda enganosa. Dizemos que tem pão na casa do pão, mas só temos fornos frios, prateleiras vazias e receitas de pão.
• Quando Deus se agrada de nós, podemos dizer como Josué e Calebe: “Se o Senhor se agradar de nós, podemos.”
II. O PECADO AFASTA A PRESENÇA DE DEUS DO MEIO DO SEU POVO


1. A impaciência levou o povo a buscar outro deus
• Arão fez um bezerro de ouro e eles passaram a adorar esse deus (32:4). Entregaram-se à prática ostensiva de pecado, bebedeira, danças. Rebelaram-se contra Deus. Abandonaram a Deus e depressa se desviaram do seu caminho. Por terem abandonado a Deus e se curvado diante de um ídolo, imediatamente sucumbiram na decadência moral.
• Arão cede à pressão do povo para se desviar (32:22-23) e depois usa uma racionalização descabida (32:24).

2. O pecado provoca a ira de Deus contra o seu próprio povo

• “Moisés disse: Quem é do Senhor venha a mim” (32:26). Há os que andam com Deus e os que andam segundo os seus próprios corações. Deus intentou destruir o seu povo e começar uma nova nação. Mas Moisés intercedeu pelo povo e Deus o poupou. Mas Deus disse eu não irei mais convosco (33:3).
• Essa é a maior tragédia que pode acontecer ao povo de Deus: é Deus se afastar dele. Se Deus é por nós, quem será contra nós, mas e se Deus não for consoco? 
• Deus disse que iria se retirar e se retirou. A nuvem desapareceu. A coluna de fogo sumiu. Os sinais visíveis da presença de Deus desapareceram. A igreja está fraca e seus membros caindo nos mesmos pecados do mundo, porque não vivem na presença de Deus. Amam o mundo, porque não deleitam na sublimidade do conhecimento de Cristo. Têm prazer nos banquetes do mundo, porque não têm fome de Deus. Conhecem a respeito de Deus, mas não a Deus.
III. A NECESSIDADE DE DIAGNOSTICAR A CAUSA DO AFASTAMENTO DA PRESENÇA DE DEUS
1. Os filhos de Israel se arrependeram – v. 4
• Eles odiaram o que tinham feito. Desprezaram-se por isso. Compreenderam que haviam trazido tragédias sobre suas cabeças. Compreenderam a gravidade do seu pecado diante de Deus. 
• O pecado traz vergonha e opróbrio sobre nós. O pecado ofende a santidade de Deus. O pecado provoca a ira de Deus. Quando o povo redimido de Deus se rebela e peca contra Deus, isso é uma calamidade.
• Hoje temos uma visão superficial da malignidade do pecado. Estamos nos acostumando com o pecado. Nem mesmo sentido saudade de Deus. Não sentimos fome de Deus. Nem todamos que a glória de Deus se apartou de nós. Nem sentimos falta da presença de Deus entre nós.


2. Precisamos ter consciência que é por causa do pecado que Deus está se retirando do meio do seu povo
• O Deus que fizera milagres tremendos, arrancando-os com mão poderosa do Egito, triunfando sobre seus deuses, sobre Faraó e seus cavaleiros, abrindo o Mar Vermelho, não estava mais com eles. Isso os encheu de desalento. Isso os alarmou e os levou a prantear (33:4).
• Não há nada mais sério do qeu estar sem a presença de Deus.
• As bênçãos de Deus sem o Deus das bênçãos não têm valor. Canaã sem Deus não tem valor. A terra que mana leite e mel sem Deus não tem valor. A posse da terra sem Deus não tem valor. A comunhão com Deus é a própria essência da vida eterna (Jo 17:3).
• A igreja pode ter prosperidade, influência, dinheiro, influência na sociedade, mas Deus está presente? Sua glória está entre nós? Canaã não nos interessa sem Deus. O que precisamos mais do que a água para matar a nossa sede é da presença de Deus: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:1).
3. Se queremos a presença de Deus em nossa igreja, precisa ter coragem para romper com tudo aquilo que nos afasta de Deus – v. 4-5
• Foram esses adornos que os havia levado à queda. A simples lembrança era odiosa. Deus disse: Despojem-se deles e eles o fizeram. Se queremos a presença de Deus, precisamos nos despojar de coisas que ofendem a santidade de Deus. Deus disse para Jacó: tira as roupas contaminadas, lave as mãos sujas e jogue fora os ídolos. Deus disse para Josué: tire as coisas contaminados do arraial. Elias removeu o baal que se enterpunha entre o povo e as torrentes do céu. 
• Precisamos chorar pelo pecado e abandonar o pecado.
IV. NADA PODE SUBSITUIR A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DA IGREJA
1. Deus prometeu ao povo enviar o seu Anjo – v. 2
• É uma coisa maravilhosa ter o anjo do Senhor acampado ao nosso redor. Eles são ministros de Deus em nosso favor. Mas Moisés queria Deus, e não apenas o anjo de Deus. Não há substitutos para a presença de Deus no meio da igreja.




2. Deus prometeu a eles vitória – v. 2
• Deus prometeu a eles desalojar os povos da terra. Eles teriam vitória contra os seus inimigos, mas não comunhão com Deus. E Moisés não queria apenas vitória, ele queria Deus. Ele não queria apenas bênçãos, ele queria o abençoador. Canaã, sem Deus é terra estranha. Nada substitui Deus em nossa vida.
V. COMO BUSCAR DE VOLTA A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DO POVO
1. Moisés sente o fardo e retira-se para orar – v. 7
A restauração da igreja começa quando os líderes sentem sobre si o fardo da oração. A restauração da igreja começa quando alguém rompe o estado de letargia e começa a buscar a Deus em oração. Foi assim na história. Sempre que um homem, um grupo se consagrou à oração e começou a buscar a Deus fervorosasmente, houve restauração. Sem oração a igreja não tem poder. Sem oração os corações não se derretem. Sem oração, a skekiná da glória de Deus não desce sobre o povo.
2. Não basta apenas, deixar o pecado, é preciso ansiar ardentemente pela volta da presença de Deus – v. 7-8
• Moisés estava ansioso para que a presença de Deus retornasse. Assim, ele estabeleceu um lugar de oração. Ele não pressionou. Era espotâneo (33:7): “Todo aquele que buscava ao Senhor saia à tenda da congregação”. Nem todos foram à tenda da congregação. Mas houve pessoas que sentiram o mesmo fardo que Moisés sentiu e foram buscar a presença de Deus.
• É importante notar que eles não se contentaram em orar em suas próprias tendas. Eles tinham um lugar específico para se reunirem em oração. Precisamos nos reunir para orar. A igreja primitiva orava nos lares e também no templo. 
• Outros não foram à tenda para orar, mas viram os que tinham fome da presença de Deus entrando na tenda (33:8). Não espere que toda a igreja venha orar. Venha você e verá que todos serão impactados.


3. Como Moisés orava?
a) Moisés buscava a Deus continuamente (33:7) – Ele era um homem de oração. Ele costumava tomar a tenda e armá-la para si fora do arraial. Mesmo diante da crise espiritual do povo, ele mantinha a sua vida íntima de oração.
b) Deus falava com Moisés face a face (33:11) – Moisés tinha intimidade com Deus. Na oração, não somente Moisés falava com Deus, mas Deus também falava com Moisés. Oração não é um monólogo, mas um diálogo com Deus.
4. Por que Moisés orava?
a) Ele quer conhecer a Deus na intimidade (33:13) – Rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que te conheça e ache graças aos teus olhos.
b) Ele quer restabelecer a honra da igreja (33:13) – “E considera que esta nação é o teu povo.”
c) Ele quer mais de Deus para a sua vida e para o seu povo – (33:11) – “Então voltava Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda.”
d) Ele quer ver a glória de Deus – (33:18) – “Então, ele disse: “Rogo-te que me mostres a tua glória.”
VI. A PRESENÇA DE DEUS VOLTA SOBRE O SEU POVO
• Quando Moisés se separou para buscar a Deus e o povo também foi buscar a Deus, a nuvem da presença de Deus veio sobre a tenda da congregação (33:9).
• Quando a presença de Deus veio sobre a tenda, o povo começou a adorar a Deus nas suas tendas (33:10).
• A oração muda as coisas. Deus havia dito que sua presença não iria com o povo (33:2-3). Mas, quando o povo se arrependeu e orou e buscou a Deus, Deus disse: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (33:14).
• Quando a presença de Deus é restaurada, o povo quer mais de Deus (33:11). 
• Quando a presença de Deus é restaurada, desejamos ansiosamente ver a glória de Deus (33:18).
CONCLUSÃO
• O sinal da presença de Deus que tinha ido embora, volta. A igreja é restaurada quando há uma manifestação da presença de Deus em seu meio. Há uma nova vitalidade. A adoração torna-se viva. As orações fervorosas. Quando a coluna de nuvem cobre a tenda, os corações se dobram nos lares.
• A glória de Deus foi manifestada em Jesus. “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:14). E ele prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28:20). Jesus está aqui. Ele está entre nós. Ele está em nós. Adoremo-lo!
Rev. Hernandes Dias Lopes

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