Nesta sexta-feira, a maior transportadora de carga da Europa, a Cargolux, vai proibir as remessas em massa de bateria de íon-lítio em seus aviões de frete. No mês passado, um grupo internacional de fabricantes de avião instou às companhias aéreas que proíbam o carregamento de baterias em aviões de passageiros, e no ano passado um Boeing Dreamliner foi aterrissado após a sua bateria de íon-lítio começar a superaquecer.
Um estudo publicado na Nature Communications mostra exatamente o motivo pelo qual as companhias aéreas estão tomando uma abordagem cautelosa em relação à sua carga e à sua fonte de energia. No estudo, os pesquisadores foram capazes de mostrar uma bateria de íon-lítio explodindo pela primeira vez usando tomografia computadorizada e imagem térmica. Estudos anteriores examinaram baterias antes e após explodirem, mas este estudo registrou o que aconteceu durante a explosão .
As baterias de íon-lítio estão em toda parte, usadas para alimentar tecnologias onipresentes, tal como telefones celulares e laptops, assim como peças de aviões. Elas não explodem ou pegam fogo frequentemente, mas, enviá-las em massa aumenta o risco de que elas possam superaquecer – desencadeando uma catastrófica reação em cadeia durante todo o trasporte de forma compacta.
Para ter uma boa visão de como esta catástrofe pode parecer, os pesquisadores aqueceram duas baterias de íon-lítio comerciais e registraram a explosão resultante, usando técnicas de imagem para obter um sentido para o que estava acontecendo dentro de cada bateria antes da explosão. Na primeira bateria, na qual eles haviam incorporado um apoio interno, o material no interior da unidade ficou tão quente que ele acabou pulverizando líquido derretido e gás superaquecido em jatos para fora da parte superior da bateria.
No segundo teste, usando uma bateria sem o apoio interno, ela acaba, literalmente, soprando seu topo, fazendo a tampa voar.
Os pesquisadores esperam que seu trabalho possa ajudar os engenheiros a projetarem melhores baterias com características de segurança adicionais. Dessa forma, no futuro, as baterias em voo deixarão de ser o pesadelo de uma companhia aérea.
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